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Histoquímica
Esse exame utiliza diferentes corantes químicos que são atraídos para algumas substâncias encontradas em certos tipos de células cancerígenas. Por exemplo, o mucicarmim é atraído por muco. Gotículas de muco dentro de uma célula que são expostas a essa coloração ficarão rosa avermelhada sob um microscópio. Esse corante é útil se os patologistas suspeitam, por exemplo, de um adenocarcinoma numa amostra de biópsia do pulmão. Os adenocarcinomas produzem muco, logo se encontrar coloração rosa avermelhada na amostra de pulmão pode-se inferir que se trata de adenocarcinoma.
Além de ser útil para diferenciar diferentes tipos de tumores, outros tipos de colorações especiais são usadas em laboratório para identificar micro-organismos como bactérias e fungos presentes nos tecidos. Isso é importante porque pacientes com câncer podem desenvolver infecções como um efeito colateral do tratamento ou mesmo por causa do próprio câncer. Também é importante no diagnóstico do câncer porque algumas doenças infecciosas provocam formação de nódulos que podem ser confundidos com tumores cancerígenos, até que o exame histoquímico mostre que o paciente tem uma infecção e não um câncer.
Imunohistoquímica
Imunohistoquímica ou coloração por imunoperoxidase é outra ferramenta muito útil dos exames especiais de diagnóstico. A base desse método é que um anticorpo se ligará a certas substâncias, chamadas de antígenos, que se encontram no interior da célula. Cada tipo de anticorpo reconhece o antígeno que se encaixa em sua estrutura. Certos tipos de células normais e células cancerígenas têm antígenos originais. As células têm um antígeno específico, que irá atrair o anticorpo que se molda ao antígeno. Para saber se anticorpos foram atraídos para essas células, os elementos químicos que serão adicionados devem chegar à célula e mudar de cor somente se um determinado anticorpo estiver presente.
Nossos corpos normalmente produzem anticorpos que reconhecem antígenos de germes e ajudam a nos proteger contra infecções. Os anticorpos utilizados na imunohistoquímica são diferentes. Eles são produzidos em laboratório para reconhecer antígenos que estão ligados ao câncer e outras doenças.
A imunohistoquímica é muito útil na identificação de certos tipos de cânceres. Por exemplo, uma biópsia de um linfonodo pode conter células que se parecem claramente com o câncer, mas o patologista pode não ser capaz de dizer se o câncer começou no linfonodo ou em outras partes do corpo e se disseminou para os linfonodos. Se o câncer começou no nódulo linfático, o diagnóstico seria linfoma. Se o câncer começou em outra parte do corpo e se disseminou para o linfonodo, poderia ser um câncer metastático. Essa distinção é muito importante, pois o tratamento depende do tipo de câncer, bem como de alguns outros fatores adicionais.
Existem centenas de anticorpos utilizados para a realização de exames de imunohistoquímica. Alguns são bastante específicos, o que significa que reagem apenas à presença de um tipo de câncer. Outros podem responder a alguns tipos de câncer, por isso, vários anticorpos podem ser testados para definir o tipo de câncer. Ao olhar para estes resultados, juntamente com a análise microscópica após a biópsia, a sua localização e outras informações sobre o paciente, como idade e sexo, é possível classificar o câncer de uma forma que possa ajudar o médico a determinar o melhor tipo de tratamento.
Embora a imunohistoquímica seja utilizada na maioria das vezes para classificar células, também pode ser usada para detectar ou reconhecer as células cancerígenas. Quando um grande número de células cancerígenas se disseminaram para um linfonodo próximo, essas células são reconhecidas facilmente quando o patologista observa a amostra sob o microscópio utilizando colorações de rotina. Mas, se há apenas algumas células cancerígenas no linfonodo, pode ser difícil determinar a presença de células cancerígenas usando apenas uma coloração. Uma vez que o patologista sabe o tipo de câncer que deve procurar, pode escolher um ou mais anticorpos conhecidos para reagir com essas células. Alguns produtos químicos são adicionados a fim de que as células cancerosas mudem de cor e claramente se destaquem das células normais ao redor. A imunohistoquímica não é usada para observar o tecido de dissecção de linfonodos, mas às vezes é utilizada na biópsia do linfonodo sentinela.
Outra utilização consiste em distinguir os linfonodos que contêm uma doença como o linfoma daqueles que estão inflamados como resposta à infecção. Alguns antígenos como os linfócitos estão presentes na superfície dos glóbulos brancos. Uma lesão benigna (não cancerígena) contém diferentes tipos de linfócitos com uma variedade de antígenos na sua superfície. Em contraste, aos cânceres, como o linfoma, que começam com uma única célula anormal. Isso é especialmente útil no diagnóstico do linfoma. Se a maioria das células em uma biópsia de linfonodo têm os mesmos antígenos na sua superfície, esse resultado confirma o diagnóstico de linfoma.
Microscopia eletrônica
O microscópio convencional utiliza um feixe de luz comum para observar as amostras de tecido. Um instrumento maior e muito mais complexo e poderoso denominado microscópio eletrônico utiliza feixes de elétrons. O poder de ampliação do microscópio eletrônico é cerca de 1000 vezes maior do que o de um microscópio de luz comum. Esse grau de ampliação é raramente necessário para definir se uma célula é cancerígena. Mas, às vezes ajuda a diagnosticar pequenos detalhes da estrutura de uma célula cancerígena que fornecem pistas para o tipo exato do câncer.
Por exemplo, alguns casos de melanoma, um câncer de pele muito agressivo, podem ser parecidos com outros tipos de câncer ao serem vistos ao microscópio de luz comum. Na maioria das vezes, esses melanomas podem ser reconhecidos por certas características imunohistoquímicas. Mas, se esses testes não mostram uma resposta clara, o microscópio eletrônico pode ser usado para identificar pequenos corpos no interior das células de melanoma chamados melanossomos. Isso ajuda a estabelecer o tipo de câncer, o que auxilia o médico a escolher o melhor tipo de tratamento.
Citometria de fluxo
A citometria de fluxo é muitas vezes usada para estudar as células da medula óssea, linfonodos e amostras de sangue. É muito precisa para diagnosticar o tipo exato de leucemia ou linfoma.
Uma amostra de biópsia, amostra citológica, ou amostra de sangue é tratada com anticorpos especiais. Cada anticorpo adere apenas aos tipos de células que têm os antígenos que se encaixam com ele. Se a amostra contem essas células, o laser os tornará visíveis no computador.
Na análise de casos suspeitos de leucemia ou linfoma, a citometria de fluxo utiliza os mesmos princípios da imunohistoquímica:
A citometria de fluxo também pode ser utilizada para medir a quantidade de DNA nas células cancerígenas (chamada de ploidia). Em vez de utilizar os anticorpos para detectar antígenos de proteínas, as células podem ser tratadas com corantes especiais que reagem com o DNA.
Outro uso da citometria de fluxo é medir a fração da fase S, que é a percentagem de células numa amostra que se encontra em um estágio de divisão celular chamada de síntese ou fase S. Quanto mais células na fase S, mais rápido o crescimento e mais agressivo o câncer.
Citometria por imagem
Como a citometria de fluxo, esse teste usa corantes que reagem com o DNA. Mas, em vez de suspender as células em um fluxo líquido, a análise é feita com um laser. A citometria por imagem utiliza uma câmara digital e um computador para medir a quantidade de DNA nas células numa lâmina no microscópio. Como a citometria de fluxo, a citometria por imagem também pode determinar a ploidia das células cancerígenas.
Exames genéticos
As células humanas normais têm 23 pares de cromossomos. Alguns tipos de câncer têm um cromossomo anormal único. Reconhecer o cromossomo anormal ajuda a identificar o tipo de câncer. Isto é especialmente útil no diagnóstico de alguns linfomas, leucemias e sarcomas. Mesmo quando o tipo de câncer é conhecido, estudos citogenéticos podem ajudar no prognóstico do paciente. Às vezes, os estudos podem até mesmo ajudar a prever quais as drogas quimioterápicas mais susceptíveis de responder.
Vários tipos de alterações cromossômicas pode ser encontradas nas células cancerígenas:
Exames de citogenética normalmente levam cerca de três semanas, porque as células cancerígenas devem se desenvolver no laboratório por cerca de duas semanas antes de seus cromossomos poderem ser observados ao microscópio.
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Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/07/2015, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico/9010/1/